Em mais uma noite meio fria e chuvosa (chuvosa pelo menos!), dei mais um estudo sobre a História da Igreja. Por lá, participaram meu irmão, meu pai e minha noiva Juliana. Falamos sobre as últimas cruzadas, dando sequência ao nosso estudo histórico. Confira abaixo o estudo e a live com a aula completa, na íntegra.
Então estamos chegando no fim de mais um evento ruim na História da Igreja Católica. Por interesses, milhares de mortos foram mortos na Guerra pela mentira de fazer “a vontade de Deus”. A partir de agora, vamos aprender um resumo da sexta, sétima e oitava cruzada.
- A Sexta Cruzada: Lembram-se de Frederico II (Rei da Itália)? Ele sequer chegou com sua tropa, no que trouxe a derrota dos cruzados durante a quinta cruzada (aula anterior). Excomungado pela Igreja por causa do seu ato, o rei tentou a redenção partindo com seus homens para reparar o erro antes cometido.
Frederico II não queria guerra, e chegou a negociar parte dos territórios com os Muçulmanos. No Egito, Frederico estabeleceu então o Tratado de Jafa (algo semelhante no acordo de Ricardo Coração de Leão na III Cruzada), onde os cristãos católicos poderiam ter donos de Jerusalém por dez anos, mas com a permissão dos Muçulmanos em adorar Alá na Terra Santa. Frederico II se tornou Rei de Jerusalém. Mesmo assim, a atitude de Frederico não agradou a Igreja Católica, e o Rei foi excomungado novamente. Parece que o Rei tinha certa simpatia pelo Islamismo.
Seja como for, a Igreja Católica guerreou contra o próprio Frederico! Frederico voltou para Europa anos depois, com medo de perder seu trono. Os cruzados católicos conseguiram se apoderar da cidade de Dalmieta (Egito), onde 70 mil homens morreram no cerco. Isso não adiantou de nada, pois os Muçulmanos anos mais tardes recuperaram o território egípcio.
- A Sétima Cruzada: Doente, o Rei Luís IX (da França) decidiu ajudar os católicos a tirar os muçulmanos da Terra Santa mais uma vez, porque ele talvez entendia ser vontade divina livrar Jerusalém dos muçulmanos. Assim sendo, através do Concílio de Lyon, o rei francês se ofereceu para ajudar os cruzados.
Em 1249, os cruzados conseguiram reconquistar a cidade de Dalmieta, mas em 1250 os cruzados ficaram perto de conquistar Cairo. O problema é que houve uma inundação do Rio Nilo, e os muçulmanos conseguiram se apoderar dos alimentos dos cruzados, o que causou fome e doença nas tropas, resultando em baixas. Assim, ficou muito mais fácil para os seus inimigos vencerem a guerra!
O Rei e todos do seu exército restante acabaram como prisioneiros. Acabaram pressos por quatro anos até ser pago o resgate e uma nova trégua de dez anos. O rei fez algumas peregrinações aos lugares da Terra Santa, voltando para a França em seguida.
- Oitava Cruzada: O Rei Luís IX não desistiu e vinte anos depois de sua prisão, partiu com um novo exército no dia 14 de Março de 1270. Chegando primeiramente ao Egito, tentaram convencer os sultões daquele país a se converterem ao Cristianismo. Por conta de uma peste no local, o Rei Luis morreu desta, além de grande parte do seu exército. A oitava cruzada terminou mais uma vez de maneira trágica.
Reis reconhecem o Erro por conta das “Guerras Santas”
Após o fim da Oitava Cruzada, os reis e imperadores da época começaram a perceber o mal que essas “guerras santas” causaram. Ao que tudo indica, a Igreja Católica ganhou mais poder através de todos esses eventos. Esse poder seria usado a força contra a população em um evento conhecido como Inquisição, e vamos aprender sobre isso nas nossas próximas aulas.
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