Verdade no Espírito

Foto: Reprodução

Meu pai não pode fazer a célula na casa dele. Por isso, fizemos a célula aqui na minha casa. Participaram apenas meu irmão Rodrigo e minha noiva Juliana. Depois, apareceu meu primo André (que não é cristão) e ficou até o fim da aula.

Falamos sobre a Lição 37: Profecia Cumprida, do Estudo da História da Igreja de Cristo, onde falamos sobre Martinho Lutero. Espero que gostem.

João Huss acabou sendo condenado pela Igreja Católica para a Fogueira. Antes de morrer, ele disse estas palavras para seu carrasco:

João Huss foi morto pela Igreja Católica no dia 6 de Junho de 1415. O cisne nasceria alguns anos depois, no dia 10 de Novembro de 1483. A Reforma Protestante aconteceria 102 anos depois, no dia 31 de Outubro de 1517.

Como a Igreja Católica começou com o negócio das Indulgências?!

Ainda no Século XIII houve por toda Europa uma seita de fanáticos conhecidas como Flagelantes. Eles andavam seminus, e se flagelavam severamente duas vezes por dia com chicotes, a fim de pagarem pelos seus próprios pecados e também dos outros. Os Flagelantes começaram a ser vistos com bons olhos pelos cristãos católicos, dando mais valor a eles do que os Padres da Igreja. Assim sendo, o povo queria confessar seus pecados e tristezas aos Flagelantes, e não mais aos Padres da Igreja, que foram perdendo credibilidade. Para resolver esse negócio, a Igreja Católica deveria fazer alguma coisa a respeito.

Ao invés de pagar seus pecados com castigo (penitência), a Igreja Católica então decidiu que, ao pagar uma quantia para a Igreja, o fiel ficaria livre de um jejum, ou qualquer outra penitência. Nasceu assim as “Indulgências”. Por conta do grande sucesso desse novo “empreendimento”, a Igreja Católica também determinou que o pagamento dessas livrariam as almas do Purgatório. A partir daí, começou aquela história de “comprar terreno no Céu….”. Foi a própria questão das Indulgências que levou Lutero a empreender a Reforma Protestante. Mas antes, vamos falar um pouco sobre a História do último Reformador, Matinho Lutero.

Martinho Lutero era o Cisne profetizado por João Huss

Martinho Lutero, também filho de pais humildes camponeses (como Jhon Wycliffe). Aos 14 anos, Lutero foi mandado para a escola franciscana de Magdeburgo, e quase morreu de fome por lá. Até esmola ele pediu nas ruas. Em uma dessas caminhadas por comida, Lutero conheceu Ursula Cotta, que deu comida e lar ao garoto, além do amor de mãe que ele não teve com seus pais biológicos.

Mais crescido, Martinho Lutero ingressaria na Universidade para ser um Advogado. A mudança de planos aconteceu durante um livramento que ele teve, durante uma tempestade. Na ocasião, seu amigo Aleixo, acabou morrendo ao ser atingido por um raio. Lutero fez um voto a Deus que, se o Senhor livrasse ele da morte naquele dia, ele se consagraria inteiramente para o serviço para Deus.

Seu contato com a Vulgata (Bíblia em latim de Jerônimo) só aconteceu muitos dias depois, através de procura pela Biblioteca da Universidade onde estudava (ou alguém apareceu e emprestou o livro para ele). Este foi o primeiro contato de Lutero com a Bíblia. Ele então foi bebendo daquela fonte sem parar, absorvendo cada palavra, versículo e capítulo do livro sagrado. A partir dali, ele entendeu como era um pecador, crescendo nele um temor incrível sobre o Inferno. Por conta disso, ele se tornaria um monge, para estudar mais. O medo do Inferno, do julgamento divino, assolava sua alma. Aquilo perturbava Lutero. Ele precisava de respostas. 

Lutero aproveitou seu tempo no Mosteiro para estudar a Bíblia sem parar. A partir dali, ele começou a entender como funciona a Graça. Primeiro, Lutero se sentia frustrado por fazer diversas promessas para o Senhor de não pecar, mas acaba ele mesmo quebrando essa promessa. Tem uma situação que ele disse:

Lutero estava tão dedicado na sua causa (a busca pela verdade) que quase chegou a morrer, debilitando sua saúde com inúmeras noites sem sono e mortificações. O medo maior era da morte, do julgamento, do Inferno. Ele queria entender melhor a questão da salvação. Procurava respostas completas para todas essas questões (João 5.39).

Como parte de ofício de Monge, Lutero teve que ir até Roma (sede da Igreja Católica) resolver alguns problemas de ordem. Ali ele mesmo descobriu a corrupção que assolava a Igreja, como também dos Padres, que contavam histórias as gargalhadas blasfemando, incluindo debochando da Santa Ceia, etc. A partir dali, Lutero descobriu o SISTEMA RELIGIOSO CORROMPIDO com a qual estava envolvido.

Só entenda que, o que falo abaixo é para casais (segundo a vontade de Deus)

Minha noiva Juliana louvando a Deus na célula. Foto: Reprodução

Depois do último estudo ser aqui em casa, meu pai tinha voltado de viagem para visitar minha avó no Espírito Santo, e voltamos a fazer a célula na casa dele.

Foram os mesmos de sempre: minha noiva Juliana e meu primo Vinícius. Adoramos a Deus, e meu pai Sidney levou a mensagem da noite. Infelizmente a bateria do meu celular acabou, e não deu para ver toda pregação. Mesmo assim, o culto inteiro está na íntegra abaixo.



Obrigado Senhor!

Na lição passada falamos sobre John Wycliffe, o Primeiro Reformador de uma série de muitos outros que foram surgindo, a fim de criticarem as doutrinas da Igreja Católica. Hoje falaremos sobre alguns deles. 

Os escritos de John Wycliffe realmente estavam chamando a atenção de muitos, e sendo um problema maior para a Igreja Católica. Uma das pessoas que foram cativadas pelos textos antipapais foi Jan Hus (também conhecido como João Huss), um padre em busca da verdade que acabou sendo morto pela própria Igreja por causa de sua fé. Huss era um padre severo, mas também trabalhava como Reitor de uma Universidade. Talvez foi pela Universidade que Huss teve acesso aos escritos de Jhon Wycliffe.

Vamos deixar claro alguns pontos: Jhon Wycliffe era inglês, nascido na Inglaterra em 1384, enquanto João Huss nasceu no Reino da Boêmia (atual República Tcheca). Uma época sem internet, os escritos de Jhon Wycliffe já alcançavam a distância de quase 1.500 km. A admiração de João Huss por Wycliffe era tão grande que ele pedia para, após a morte, que sua alma se juntasse com a de Jhon Wycliffe para que eles podam se conhecer na eternidade.

Aos poucos, João Huss foi conquistando mais pessoas com seu sermão, sendo um problema para a Igreja Católica, a longo prazo. A Igreja deu primeiro alguns avisos para que não continuasse com suas mensagens, e tomaria medidas mais violentas se ele não desse valor a tais avisos. João Huss não se importou e continuou com a Reforma, e pagou com a vida por isso.

A venda de Indulgências e a Revolta de João Huss

Assim como na época das Cruzadas, era prometida a salvação para as pessoas que cumprissem a vontade da Igreja. Em 1411, o Papa de Roma (João XXIII), proclamou uma guerra contra o Rei de Nápoles. Quem aceitasse o chamado de lutar nessa guerra receberia a Indulgência, garantindo a salvação. Quando soube disso (Huss era Padre) ficou indignado, e começou a pregar contra essa Cruzada.

Quando os Missionários do Papa foram até o Reino da Boêmia convocar o povo para a Cruzada, receberam o NÃO do próprio povo, motivado pelas pregações de João Huss, conhecido como “pequeno Ganso de Deus”. Antes que alguém pergunte, João Huss era chamado de Ganso porque nasceu na “Cidade do Ganso”, como era conhecida na época sua cidade natal.

Os Missionários do Papa mataram três chefes do povo, que foram presos secretamente por ordem do senado. Porém, o povo descobriu e acabou invadindo a prisão onde estavam os três chefes mortos. Seus corpos foram capturados e enterrados sob o título de martir. Quando Huss soube disso, descobriu o tamanho do problema que estava envolvido e seria obrigado a responder sobre isso. Assim sendo, saiu de onde estava e continuou suas pregações em outros lugares, para sua própria segurança.

A perseguição da Igreja Católica em João Huss

João Huss foi chamado para dar esclarecimentos sobre a invasão do povo à prisão para o Vaticano. O mesmo não compareceu e foi excomungado pela Igreja. Mesmo assim, ele continuou ganhando cada vez mais seguidores, mesmo não sendo mais padre.

Os escritos de Jhon Wycliffe, nesse tempo, já eram um grande problema para a Igreja Católica. A Igreja criou um Concílio a fim de debater esse problema, e Huss (mesmo sendo excomungado) foi chamado. Ele compareceu. Huss acreditava que não seria oprimido pela Igreja, por duas razões.

1) Os membros daquele Concílio tinham a mesma visão que ele (pelo menos ele pensava assim).

2) Ele tinha um documento do Imperador Alemão, que impedia sua prisão.

Assim que chegou em Constância, local do Concílio, Huss foi preso imediatamente sob acusação de Heresia, mesmo com o documento do Imperador Alemão. A Igreja Católica, para resolver esse problema, criando um decreto novo que anularia o documento salvo-contudo que Huss tinha. Nesse decreto, o documento de Huss perdia o valor na mão de herege, e como Huss era considerado um pela Igreja Católica. 

Huss então ficou numa prisão úmida, imunda, com uma comida ruim e em poucas quantidades. No seu julgamento, ele profetizaria a vinda de Martinho Lutero, o último Reformador. Vamos falar sobre isso na próxima lição.